quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Parte III

Ana deitou-se na cama e fechou os olhos. Tinha consciência de que a proposta que lhe tinha feito, apesar de muito tentadora, era demasiado ousada para um homem íntegro como ele.
Recordou o momento em que lhe tocara na mão para lhe dar a chave. Percebeu que o seu toque tinha sido o suficiente para a deixar molhada e riu-se de si própria perante a facilidade com que se excitara.

Ele era quase seu chefe, era casado, partilhava uma vida com alguém, mas…
Havia um “mas” que a fazia perder a razão. Esse “mas” fazia-a cometer loucuras ao ponto de se insinuar da forma que fez.
Assustada com aquela repentina tomada de consciência, ergueu-se da cama e foi até à janela, onde permaneceu mergulhada nos seus pensamentos.

Dentro do carro, estacionado do outro lado da rua, ele olha para a chave sem saber muito bem o que fazer. Tinha passado ali a última hora, e vira as luzes da casa dela acender e apagar, até que por fim tudo sossegou.
Imaginou que ela já estivesse a dormir, talvez desiludida com ele por não ter aparecido.
Olhou de novo para o segundo andar daquele pacato prédio, e foi então que a viu à janela. O seu coração disparou, e uma excitação crescente tomou conta do seu sexo. O simples facto de a ver tinha-lhe causado uma erecção, ou melhor, tinha-a despertado, pois havia já duas horas e meia que tentava controlar-se.
Sem pensar, saiu do carro e atravessou a rua, entrou no prédio e subiu as escadas.
Ainda lhe passou pela cabeça que estava a tempo de voltar para trás, mas naquele momento o tesão falava mais alto. Foi então que se apercebeu que não valia a pena lutar mais.

Entrou dentro de casa silenciosamente. Olhou em redor tentando habituar os olhos à ténue luz, e dirigiu-se à divisão que ele presumia ser o quarto.
Ela continuava à janela, com a cabeça apoiada na parede e olhos fechados, sonhadora.

Ana…

Ela deu um salto quando o ouviu, e não teve tempo de reagir nem articular qualquer palavra. Foi de imediato agarrada por ele, que a encostou à parede e a beijou.
Sem oferecer qualquer resistência, sem fazer perguntas, sem dizer fosse o que fosse, ela deixou-se simplesmente embalar por aquele corpo que estava ali para a possuir.
Surpreendera-a. Sempre pensou que ele fosse forte o suficiente para resistir àquela tentação. Mas ao invés de perder tempo com uma análise que não interessava para nada, empurrou-o para a cama e sentou-se em cima dele, despindo a t-shirt que lhe cobria o corpo e exibindo os seios que ele tantas vezes se tinha perdido a olhar.
Inebriado, ele ergueu uma mão e envolveu o seio esquerdo, sentindo a textura macia da pele, e a auréola do mamilo enrijecer com o toque dos seus dedos.
A luz da lua entrava pela janela e iluminava-lhe a silhueta. Havia algo nela que o descontrolava.
Era linda. Os olhos dela brilhavam, e os lábios pediam para ser beijados.
Puxou-a para si e rodou o seu corpo sobre o dela, ficando por cima. As pernas dele prendiam-na e, com a mão, ela acariciava-lhe o rosto e os lábios, enquanto ele despia a camisa.
Tinha um corpo firme, musculado mas sem excessos, com alguns pêlos no peito por onde ela já se tinha imaginado a passear com os dedos.
Ele deixou o seu corpo cair em cima dela, e beijou-a lentamente desde a boca até ao ventre. A cada beijo que dava, ouvia um gemido que era de imediato acompanhado com um contorcer do corpo.
O seu sexo pedia urgentemente por liberdade, tal era a força com que se projectava contra as calças. Mas naquele momento precisava apenas de provar o sabor dela.
Agilmente, tirou-lhe a tanga. Um minúsculo triângulo revelava-se no lugar da púbis e, delicadamente, tocou com os dedos naqueles pêlos aparados.
A boca dele salivava, queria tocar com a língua no meio dos lábios que ainda permaneciam escondidos, queria sorver o seu néctar e saciar-se com ele. Queria, finalmente, descobrir se o seu sabor era tão doce como sempre imaginara.

(continua em breve, que hoje não tenho tempo para mais...)

12 comentários:

ALZIRA disse...

Já estamos acostumados a esperar pelas cenas dos proximos capitulos.

DC disse...

lol alzira
quem te ler, até pensa que eu faço de propósito..........




pois...




hi hi hi

If you Brosh it disse...

Ahhh.mas isto está a andar muito bem...tal qual eu imaginava.
Veremos, "se"... ehehehe

LuisElMau disse...

olha olha, agora que isto estava a animar...
coito interrompido, não é nem de perto nem de longe o meu favorito.

DC disse...

if you brosh it
já viste este filme?! conta à gente o final, vá!

luiselmau
sê paciente, pleasee...
ou queres que me despeçam??
:D

Noivo disse...

eu espero o que for preciso! Está a ser bom e quando assim é....venha mais:)

F.A disse...

Tem cuidado,faz as coisas com calma para nao seres apanhada,ainda és despedida.Depois o que será de nós?Nós nao queremos isso,nós esperamos o tempo que for preciso.Porque somos bem compensados,assim com historias com esta.Vale a pena esperar.
Aguardando pela continuação,boas inspiraçoes.

Maria Manuela disse...

Opááááá


assim não vale porra...deixar o filme a meio !!!!

bjo

Pedro disse...

Que intensidade!
Há alturas que .."quem tiver travões que pare"!LOL!
E tu tens!

Anonymous disse...

Sempre cristalina a escrita ou a escolha da escrito..muitos beijos diabo no corpo..bonito.
ventoinha

GandaMaluko disse...

Uma história comum, mas excepcionalmente apimentada por uma escrita soberba...
Queremos mais, mas sem despedimentos é obvio ( que o mercado de trabalho não está fácil )...

edu disse...

isso n vale...
ir para intervalo na melhor parte n se faz!!:P