...a sua língua desapareceu por entre aqueles lábios e se deleitou com os fluidos que jorravam só para ele, sentiu-se no céu.
Ela gemia de uma forma silenciosa, deliciando-se com aquele toque que sabia ser etéreo. Apesar da calma aparente, por dentro ardia, gritava, sentia as entranhas a fervilhar e suplicava por mais.
A luz da rua projectava as suas sombras na parede branca daquele quarto minimalista e, por instantes, pareceu-lhe vislumbrar um ser mítico e imponente que a devorava.
O orgasmo chegou intenso, muito mais intenso do que naquelas vezes que ela se tinha masturbado a pensar nele, como horas antes, durante o banho. Nem sabia ao certo como se atrevia a confrontar duas situações incomparáveis.
Os gemidos foram abafados pela mão dele, que se viu obrigado a tapar-lhe a boca na eventualidade de os vizinhos a ouvirem. Ela riu-se com o gesto, e olhou-o nos olhos.
Era um homem bonito, tinha um rosto magistral, cabelo escuro e uns olhos penetrantes, e vislumbrou um esboço de um sorriso nos seus lábios.
Saiu de cima dela e sentou-se na cama, sentindo o seu sexo latejar de forma ainda mais vigorosa.
Ainda com respiração ofegante, ela ergueu-se também e ficou frente a frente com ele. Pôs-se em bicos dos pés para conseguir chegar aos lábios, beijou-o e quando desceu começou a andar à sua volta, lentamente, enquanto a língua quente e húmida lhe percorria a o peito, os braços e as costas, beijando-o e desenhando uma linha contínua que lhe gelava a pele com o sopro dela.
Inalava o seu odor como se fosse uma droga, algo que a embriagava, e a sua mão entrava-lhe pelas calças adentro e acariciava aquele membro tumescido que implorava por atenção.
Empurrou-o em direcção a uma cadeira, e ele deixou-se cair, permanecendo sentado enquanto ela o despia.
Devagar, sentou-se em cima dele com uma perna para cada lado, frente a frente, agarrou-lhe delicadamente no pau e encaminhou-o para dentro dela.
O corpo dela oscilava ao sabor do vento que agitava os ramos das árvores que se avistavam daquela janela, e ele olhava-a com uma estranha sensação de conquista e ternura, grato, feliz por ela lhe conceder aquele prazer, por o desejar, por lhe permitir estar ali.
O pénis entrava e saia daquele orifício quente ao ritmo que ela impunha, e a sensação misturava-se com a língua que lhe explorava a boca, das mãos que a agarravam, sôfregas, ávidas de um clímax mágico que justificasse toda aquela loucura.
Quando se veio, ela abraçou-o e fechou os olhos, com a cabeça apoiada no seu ombro.
Ana acordou a tremer com frio. Olhou em redor e demorou alguns segundos até se aperceber que tinha adormecido, e que ele ter vindo ao seu encontro não tinha passado de um sonho.
Stop the world, I wanna get out!
Há 8 meses
25 comentários:
Nada a declarar...
Golpe de mestre
ou seja onde começa o sonho e acaba a realidade?
onde é que começou o sonho?
no escritório dele, a primeira vez?
no escritório dele quando ela volta a subir a pedido dele?
foi mesmo depois do dia atarefado quando ela entrou no escritório dele?
até a entrega da chave descreves uma realidade tangivel? e só o resto é sonho?
o sonho começou no momento em que ela se deitou na cama e fechou os olhos.
Vim deixar beijos. Muitos.
Valentim das Ervilhas
Quando se quer os sonhos transformam-se em realidade...os que estão ao nosso alcance...:)
Muito bom.
bj
ervilha de mi vida, muitos para ti também :)
chapas, é isso mesmo ;)
beijo
Foi um bom sonho!
Dá vontade de não acordar mais!
E se foi assim tão intenso em sonho, resta-nos imaginar a realidade de um encontro os dois.
Imaginar ou suplicar à Diaba... ;)
Genial.
"ser mítico e imponente"... vês, tu é que insistes em continuar a meter o monge nesta história!
hihihihi eu sabia que ele ia resistir.
mais uma bela descrição de mais um belo momento, lindo, e não está assim tão longe da realidade
GOLPE DE GÉNIO!
Ai ai ai
que até fico sem fala
(obrigada pelo mail. Se aqui venho é porque o teu blogue é fantástico). Bjo
Conseguiste prender-me até ao fim... Obrigado e parabéns pelo inesperado fim... Não tenho problemas em assumir que falhei na previsão. Não há casos iguais.
Beijo grande
Já lá dizia António Gedeão,
"o sonho comanda a vida"!
Ooooooh!!!Foi só um sonho,que pena!Acontece mtas vezes,queremos tanto tanto alguem que é nos sonhos que damos alas à imaginação.Bem,ao menos foi um bom sonho,como será na realidade,será assim tao bom?Bela discrição,como sempre,parabéns.
só um pequeno pormenor...
ele continua com a chave!
;)
Ah Ah.. Ele continua com a chave e ela vai acordar e deparar-se com ele a mirá-la...
BEijo
Gosto de bons textos, temperados com um final inesperado.
Este tem as duas.
Beijo
doce veneno... é uma ideia ;)
obrigada d. sebastião :)
beijo
uiii...era um sonho ?....muito real.
Cheira-me a que, alguém teve este sonho !!!
Muito bom texto toda a história.
Continua c a porta aberta p ele entrar. Despois conta-nos as aventuras, gostei do teu sonho...
Bjs
Ela abraçou-o e fechou os olhos, com a cabeça apoiada po seu ombro... E depois abriu-os! Ainda por cima com frio, a tremer, hipotérmica...
Mantê-los fechados, durante muito, muito tempo... Bem agasalhada, o despertar poderá ser tranquilo e voltar até a pegar no soninho bom onde estava...
Agasalha-te bem e continuação de bons sonhos...
muy bueno! eu a pensar que o gajo tinha pensado com a cabeça de baixo, mas afinal...
seria interessante mostrares a perspectiva da vida conjugal dele. Se calhar é daquelas coisas que só vão acontecer na imaginação dela mesmo. é que aí, nesse cantinho seguro da sua intimidade, ninguém pode sensurar o seu desejo...
Bom.... sabendo que data se comemora a 14 de Fevereiro, esta historia asssume outra dimensão, não é Diaba??? ehehhehe
Beijosssssssssssssssssssss
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