Carlos tenta concentrar-se no trabalho, mas depressa se apercebe que o corpo dele não deixa. Lança um olhar de soslaio para Marta enquanto está de costas, e admira-lhe as formas. Sente-se uma espécie de voyeur, ainda mais depois de ter visto os mamilos dela a espreitarem por entre o soutien.
E ficou de novo excitado. O que vale é que desta vez estava sentado e poderia disfarçar.
Sem conseguir (nem querer) abstrair-se dela, começou a sonhar acordado.
Imaginou que se levantava e dirigia-se a ela, encostando o seu corpo no dela e apertando-a contra si…
Imaginou os seios dela a caberem na palma das suas mãos, transbordando um pouco até…
Imaginou ela a corresponder ao desejo, e voltar-se para ele beijando-o e acariciando-o sobre a roupa
Imaginou despi-la e deitá-la ali mesmo, no chão, e saborear o corpo dela, inalar o seu odor, sorver-lhe aqueles lábios de cereja…
Imaginou-a cavalgando sobre ele, vendo o corpo dela a ondular sobre o seu, os seios dela a abanarem com os movimentos, gemendo, contorcendo, pedindo para ser tocado, pedindo para ser fodido…
Sr. Dr… Importa-se de se levantar por um segundo para eu limpar o pó debaixo da secretária?
Acordando, ele estremece, e em pânico devido à erecção descomunal com que está, balbucia e a custo levanta-se, tentando disfarçar.
Marta nota de imediato que algo de estranho se passa, e não é ingénua ao ponto de não ter reparado. Sabe que o excitou. O olhar dele é semelhante ao dos namorados que ela vai tendo uma vez por outra, quando se entregam aos prazeres da luxúria.
O engraçado é que ela também se sentia excitada. Talvez fosse o olhar intenso dele que teimava em não se desviar dela, ou aquele perfume inebriante que ele usava.
De pé, frente a frente, ela esquece por uns momentos quem é e onde está, e assume o seu papel de mulher ardente.
Encosta-se à secretária e olha para ele. Fixa-lhe os lábios, como que pedindo um beijo, e é invadida por uma onda de calor que lhe ruboriza as faces.
A respiração acelera, e os seios dela aumentam e diminuem de volume à medida que inspira e expira, e a mão dele finalmente toca na sua, quebrando de vez aquela barreira imaginaria que eles pensavam existir entre eles.
A partir desse primeiro toque, foi como se tivessem desejado aquele momento a vida inteira.
A cabeça de ambos estava vazia, só conseguiam assimilar o desejo pelo corpo um do outro.
E as roupas estavam a mais… Marta desapertou a camisa, e tocou-lhe nos pêlos do peito com a ponta dos dedos. Era tão macio… e quente. Quis tocar-lhe com os lábios.
Carlos beijava-lhe o pescoço, com fome, enquanto as suas mãos entravam dentro da camisola sem pedir licença. Desejava tocar naqueles mamilos, para ter a certeza que eram reais. Queria metê-los na boca, trincá-los, beijá-los como se não houvesse amanha.
Foi uma questão de segundos até as roupas terem desaparecido... Marta exibia agora orgulhosamente a sua lingerie, e davas graças a deus por ter essa tara.
O ambiente estava extremamente erótico.
Deitados no chão sobre um tapete insípido cuja rigidez era atenuada pelas roupas que se amarrotavam debaixo deles, a luz quente e ténue do candeeiro da secretária, e o ruído do computador era o único som que se ouvia.
Sentia a força dele contra si, o desejo dele de a ter e a tanga dela ensopar. Estremeceu quando a mão dele incorreu pelo tecido, dirigindo-se sem cerimónias até ao clitóris dela, seguindo o trilho deixado pelo pequeno risco de pêlos que ela tinha. Sentiu-o tocá-la, lenta e delicadamente, como quem toca numa relíquia, e gemeu.
Sentiu-o forçá-la para se deitar, para de seguida ter a mão dele a desviar a tanga para o lado, e substituir o dedo pela língua… e ele lambeu-a até ela se vir, sentindo-a tremer e latejar. E pedir por mais.
Depois do orgasmo, Marta demorou alguns segundos a vir a si. O corpo dela emanava minúsculas gotas de suor, que faziam a pele reluzir.
Despiu a tanga, enquanto ele desapertou o soutien e lhe beijou os seios, e subiu para cima dele.
Com a mão encaminhou o seu membro hirto para dentro de si. Não que fosse necessário, pois naquele momento, ali, tudo deslizava sem dificuldades. Estremeceu quando o sentiu todo dentro dela, e permaneceu assim, gozando por uns segundos o facto de estar “cheia” dele.
Moveu as ancas em suaves ondulações, fazendo o pénis entrar e sair, brincando com ele, apertando-o. Gostava de olhar para ele e ver o prazer estampado no seu rosto. Ele permanecia quieto, usufruindo do corpo dela, ainda um pouco incrédulo pelo que se estava a passar.
Marta, visivelmente excitada, sem deixar de ondular em cima do seu corpo, abandonou-se para trás, apoiando as mãos nas pernas dele.
Sentia-se aberta, sabia que ele não teria dificuldade alguma em ver os dois sexos que se tocavam, que se esfregavam, que se consumiam sem pudor.
Via no rosto dele que estava próximo do orgasmo, e aumentou o ritmo durante segundos. Ele gemia mais agora, e apertava-lhe os seios com as mãos. Sem aviso, parou, e desceu de cima dele, esgueirando-se para baixo de modo a poder engolir-lhe o pénis.
Sabia a ela… um sabor agridoce misturado com o salgado dos fluidos dele. E ela sorvia-o com gosto.
Veio-se na boca dela, e ela engoliu tudo sem desperdiçar uma gota.
No fim, ela disse-lhe que só tinha uma certeza: queria mais.
5 comentários:
Bem!!Tou de boca aberta,nem na mulher da limpeza se pode confiar?!!
Grande historia,cheia de prazer e tesão,como sempre.
Ainda nao me refiz da minha maratona de amor,que ocorreu durante este fim de semana lá pros lados de Viana.Enfim loucuras!Só consegui pegar ao trabalho hoje,disse que tava com uma enorme gripe e nao queria contaminar ninguem no escritório.Mal imaginam que eu nao podia era sentar-me.
Bjocas
BEMMMMM
quem ficou de boca aberta, fui eu, primeiro pela maravilhosa historia do escritório e depois pelo desabafo da F.A., que pelos vistos teve um "grande" fim de semana
Russo
Bom... muito bom mesmo!
Uma bela história.
Só é pena que aqui não haja nenhuma senhora da limpeza que seja assim tão... voluptuosa e tesuda! LOLL
Assim, fazia horas extra todos os dias! ;)
Uma bela história, e mais uma vez fica aqui confirmado que tens imenso jeito para a escrita! ;)
Faz o que já te disse uma vez... edita as histórias que aqui contas!
Beijocas
UAU....
Adorei, a continuação não poderia ser melhor...
beijos
*Adoro ereções descomunais, q não dão pra disfarçar...
Confesso que já tinha lido vários posts e visitava assiduamente este blog, embora nunca o tenha comentado. Desta vez foi de vez! Escrita fantástica, imaginação excelete.
Pergunto-me quantos homens não queriam estar na pele deste sr. dr. e quantas empregadas de limpeza não quereriam um final destes ;)
Beijinho,
Pekenina*
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