Desta vez era em casa dele, algures no meio dos prédios velhos da antiga cidade.
Por meio de ruelas lá cheguei ao meu destino. Era um prédio antigo.
Toquei à campainha e senti que, pela primeira vez em alguns anos, não tremia.
Era a última noite, a noite da despedida, mas interiormente eu não queria que fosse!
Subi as escadas, com o cabelo comprido a cair-me no rosto e a sentir-me bem comigo própria.
Confiante.
Subi e subi... e lá estava ele à porta, à minha espera, com o mesmo olhar de sempre, com o mesmo sorriso de sempre e com a mesma expressão que sempre mexeu comigo.
Os olhares encontraram-se mas eu sabia que não podia ceder.
Ele queria sexo puro e duro.
E eu queria que ele me amasse...
Entrei no quarto, sentei-me e comecei a brincar com ele. Como simples amigos.
Ao mesmo tempo olhava para os olhos dele. Transmitiam ansiedade e li no rosto dele a impaciência. Talvez a pensar que nada estava controlado como ele tanto queria.
Vi-o a tremer, sim!! Pela primeira vez ele tremia e senti que o jogo estava na minha mão...
Falei do amor (foi o que me ocorreu) e ele doente de ansiedade delicadamente pediu-me para me deitar junto a ele.
Deitei-me e sussurrei-lhe ao ouvido:
O que é que tu queres?
Um bico!
Aquela brutalidade deixava-me excitada, e ele sabia.
Para isso vais ter que pagar , respondi.
A casa estremeceu... Levantei-me e fui para a varanda. Tirei um cigarro enquanto o olhava nos olhos.
Ele veio ter comigo, brusco, virou-me de costas, agarrou-me nos cabelos e disse
E se fizessemos nus aqui na varanda?
Mais uma vez resisti
Se for não será contigo...
Mais uma... e mais um tremer no corpo.
Começou a despir-me. A sua mão invadiu-me o corpo, e rapidamente o senti na minha vulva. Tocou-me no clítoris.
E eu estremeci.
Eu queria e queria muito, mas respondi-lhe secamente que não estava a sentir nada.
Mostrei-lhe o peito pela última vez e vesti-me. Fui para a cozinha, enquanto me sentia tremer.
Tremiamos os dois.
Veio atrás de mim, confuso.
Despejou-me água no corpo e isso excitou-me. No entanto disse-lhe que isso já não me satisfazia...
Pedi-lhe um beijo, ele deu-me secamente.
Satisfeita?!
Bati com a porta.
Ele chamou-me puta.
E eu gostei.
Menti naquele momento, mas sabia que se me tivesse rendido mais uma vez o meu coração tinha ficado ali despedaçado...
Todas nós temos o nosso ponto fraco e o meu é este. Sei que um dia irá ser a última vez, só não sei é quando...
Autoria:
Lady X
Stop the world, I wanna get out!
Há 8 meses
7 comentários:
Mais um momento de adeus...Será o dia do mesmo?
Bjs prometidos
:(
:) assim de repente, revi-me! :)
Pois....o momento do adeus é sempre dificil.Qual a melhor maneira de agir,ficando fria e indiferente,para dar a entender que superamos bem a situação ou ser carinhosa e entregar-nos de corpo e alma e lembrar esse dia com saudade e sofrer para o resto da vida.Qual será a melhor solução?
Bela historia.
Porque é que eu acho que essa história tem continuidade...? :)
Um beijo
É um caos bonito!Sorrir e rir..
Mas porquê complicar?
Ir contra vontades e sentimentos e mais vontades???
Raio de mulheres... sempre a complicar!! ahahahah
Beijos... espero a continuação
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