quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Guilherme e Sofia

Guilherme era pintor. A farda branca que trajava, cheia de nódoas de tinta, contrastava com a sua tez morena e os olhos escuros.
Sofia era agente imobiliária. Feminina, de olhos verdes e cabelo sedoso, tinha um estilo citadino, algo entre o fashion e o discreto. Usava botas de cano alto, jeans justos que lhe revelavam as formas do corpo e que o deixava a sonhar.
Guilherme andava a pintar o apartamento para um cliente e Sofia acompanhava arduamente a remodelação. Ele tinha de dar o litro, respeitar o timming da entrega e teria de ficar lá vários serões. Ela certificava-se que o trabalho era feito.
Naquela noite ela trouxe o jantar, e ele ficou admirado com essa atenção. Já se tinha apercebido que ali havia alguma coisa, aqueles olhares, a electricidade que sentia há algum tempo não podiam ser apenas um filme na sua cabeça.
Secretamente, ele admirava-a. À noite sonhava em a possuir, inebriado com aquele perfume que o deixava doido. Imaginava-se a ter e dar-lhe prazer, beijar-lhe o corpo, tocar-lhe na pele, sussurrar-lhe o nome ao ouvido...
Tímido, tinha medo de não saber falar para ela, de não saber estar com ela. Afinal de contas ela era uma Senhora com um estilo e educação que em nada tinha a ver com o seu.
À medida que se iam conhecendo melhor, começou a sentir-se mais à vontade. E gostou da maneira simples dela estar com ele.
O jantar era comida asiática, coisa que ele nunca tinha provado. Gentilmente, ela orientou-o, e pelas mãos dela, provou as iguarias.
Tudo era delicioso.
Mal imaginava ela que ele não conseguia parar de pensar em provar o seu sabor...
Sofia, por sua vez, estava admirada com a simplicidade dele. Admirava-o pela sua força, e não conseguia evitar de olhar para a boca dele, de lábios finos e expressão misteriosa.
Fitando os seus olhos pestanudos, levou docemente a mão ao rosto dele, onde repousava uma mancha de tinta. Sentiu-lhe a aspereza da pele, tipicamente masculina, e sem se dar conta a mão deslizou até àqueles lábios que a estavam a seduzir.
Guilherme beijou-lhe a ponta dos dedos, e daí para a boca dela foi uma fracção de segundo.
Os beijos, primeiro tímidos, depressa se transformaram em desejo sedento onde as mãos ganharam vida própria.
Ele encostou-a à parede e começou a despi-la. Queria sentir-lhe a pele. A boca deslizava-lhe pelos ombros em direcção aos seus mamilos erectos. A língua deixava um rasto de saliva que lhe arrepiava a pele quando de seguida sentia a sua respiração, e Sofia gemeu.
Os dedos dela entrelaçavam-se no seu cabelo, seguindo o suave movimento ondulante da sua cabeça enquanto ele passava dos seios para a barriga.
Beijou-lhe a púbis por cima das cuecas e ao sentir o seu odor a sexo ficou ainda com mais tesão. As mãos dele deslizavam-lhe agora para baixo do fino tecido e encaminhavam-se para aquela fonte de calor.
Pegou nela e levou-a para cima de um cavalete, onde lhe tirou a roupa que sobrava. Submissa, Sofia deixou que ele se aproveitasse dela.
Queria que ele se aproveitasse dela...
Dar-lhe prazer.
Não estava ele a dar-lhe tanto também?...
Sentindo a tesão toda dentro das calças, ela desapertou-lhe o fecho e introduziu a mão na abertura. O pau dele estava duro como tudo e ela conseguia sentir a saliência das suas veias que palpitavam na sua mão.
Queria levá-lo à boca, mas ele não deixou. Estava com tanta fome dela, que simplesmente lhe abriu as pernas e a penetrou.
Sofia gemeu outra vez, enquanto ele, frenético, oscilava num vai vem à sua frente.
Ofegantes, deixaram-se cair no sofá, nus, e na expectativa se aquilo seria apenas uma noite.
Ou não...

7 comentários:

sofia disse...

Recomendo um caveleto com degraus mais largos...
E creio que vai haver um repeat.

Rei Lagarto III disse...

Depois falam da baixa produtividade...

Felina disse...

Pois... brincam em serviço e depois atrasam-se nos prazos e o cliente à espera num é?

DC disse...

sofia, mas vê lá se divulgas mais detalhes... :P

rei lagarto, são pequenos prazeres nos tempos livres!

felina, mas era hora de jantar. uma pessoa precisa de alimento, não é?

Vontade de disse...

Gostei muito muito... Erótico e excitante quanto baste, sem esquecer o bom gosto.

Seria uma pena que experiências assim só se dessem uma vez. ;)

pintor disse...

kdo e o proximo jantar ou almoço... hum. o tempo passa . . . a fome aumenta

sofia disse...

Quando??
Desta vez é o pintor que tem de trazer comida :)