Não dormi nada a noite toda. Um nervoso miudinho pairava sobre mim, impedindo-me do descanso que eu tanto precisava.
Sentia-me psicologicamente esgotada. Nervosa. Ansiosa. Olhava para o relógio na esperança que o tempo passasse rápido, mas parecia que as horas tinham ficado suspensas.
Ia assistir a uma conferência, e sabia que estarias lá.
Apesar de não saber sequer como és, a ideia de partilhar contigo o mesmo espaço físico e temporal deixava-me muito inquieta. Sabia que passaria o tempo a fixar as pessoas em meu redor, procurando algo naqueles olhares anónimos, que te denunciasse.
Era excitante a ideia de que tu mais facilmente me reconhecerias, e isso aumentava o meu nervosismo.
A sala onde ocorria a recepção estava cheia. As pessoas distribuíam-se aleatoriamente em pequenos grupos, e conversavam formalmente.
Procurava-te por entre elas. Mirava demoradamente cada elemento masculino que estava presente naquele espaço., mas o teu aspecto físico era uma incógnita para mim, por isso não sabia o que procurar. Alguns olhares cruzavam-se com os meus, aumentando a hipótese de seres tu.
Tentando acalmar o coração que batia forte dentro de mim, e a sensação de borboletas na barriga que me faziam sentir uma adolescente apaixonada, concentrei-me na conversa com uma colega.
Permaneci naquela sala mais 5 minutos, até que alguém avisou que a conferência ia ter inicio.
Um amontoado de gente dirigiu-se à porta de entrada do auditório, e eu optei por aguardar um pouco, ficando mais para trás.
Quando ia a entrar, alguém me deu um encontrão, derrubando-me a mala. No meio da confusão, senti apenas uma mão colocando alguma coisa entre os meus dedos, mas não tive tempo de ver nada, pois entretanto as luzes apagaram-se.
Recompus-me, um pouco embaraçada por estar a impedir passagem às pessoas, e tomei noção do papel que tinha na mão.
O meu coração quase saltava do meu peito. Encostei-me à parede, num sítio onde tinha alguma luz, e abri o papel que tinha sido meticulosamente dobrado.
Uma simples frase, escrita numa caligrafia bonita e elegante dançava naquele pedaço de papel.
“Vem ter ao WC”
O meu coração acelerou, uma onda de calor a subiu-me pelo corpo e culminou com um rubor nas faces que teimou em não desaparecer.
Olhei em redor, procurando-te, mas tudo o que vi foi gente já sentada e atenta à conferência.
Desculpei-me perante a minha colega, dizendo que estava a sentir-me indisposta, e saí da sala.
Com as mãos a tremer, mas segurando firmemente aquele pedaço de papel, talvez com receio de que fosse tudo um sonho e o papel de esfumasse e deixasse um vazio, olhei em redor e procurei alguma indicação que me levasse ao WC.
Andei uns metros apenas, sentindo as pernas pesadas, como se me deslocasse numa passadeira rolante, mas em sentido contrário, e vislumbrei na esquina a indicação que procurava.
Olhei de novo para o papel. Talvez tivesse lido mal, talvez a minha cabeça tivesse feito confusão e não fossem aquelas palavras que lá estavam escritas. Mas, mais uma vez, “Vem ao WC” saíam daquele suporte fixo e inerte e dançavam à frente dos meus olhos.
O corredor estava vazio, e a porta, comum para ambos os géneros, estava fechada.
Respirei fundo e levei a mão ao puxador.
A porta abriu-se à minha frente e rapidamente um vulto se moveu, olhando para mim. Toda eu tremia, as pernas pareciam que iam desfalecer a qualquer momento, mas os meus olhos fixavam os dele como se fosse possível dizer tudo o que me ia na alma através deles. Não tive dúvidas que eras tu.
Avançaste em direcção a mim e ergueste a mão até ao meu rosto. Senti o teu calor junto à minha pele, o teu cheiro, e fechei os olhos.
Os teus lábios roçaram nos meus durante breves segundos, e de seguida afastaste-te, sem desviar os olhos de mim nem me largar o rosto.
Sentia a tua respiração acelerada e o coração bater-te no peito. Olhei para os teus lábios, à espera de outro beijo, e rapidamente te prontificaste a satisfazer-me.
Desta vez com mais intensidade, senti o teu corpo empurrar-me contra a parede, a tua boca a pressionar-me os lábios e a língua a entrar dentro de mim. Demos um beijo carregado de desejo, como há muito eu desejava.
As tuas mãos envolviam-me o corpo agora, apertando-me a cintura e puxando-me para ti.
E nesse momento fomos invadidos pela ânsia de nos termos. De concretizarmos tantas vontades… tantos sonhos.
É certo que o local não era o mais apropriado, pois poderia entrar alguém a qualquer momento, mas a verdade é que já não conseguíamos largar-nos.
Beijavas-me o pescoço e ias descendo cada vez mais. Eu limitava-me a gemer, enquanto sentia a tua boca e as tuas mãos no meu corpo.
Ajoelhado à minha frente, levantaste-me um pouco da camisola que eu vestia, deixando a descoberto a minha barriga.
Beijaste-me por baixo do umbigo, e senti a tua língua molhando-me a pele, deixando um rasto de saliva que me fez arrepiar.
Desceste mais um pouco, e senti-te mordiscar-me a púbis por cima das calças.
Os meus dedos entrelaçavam o teu cabelo, e gemia a cada toque teu.
Apalpaste-me por cima da roupa, e já me sentia encharcada. Queria a tua mão dentro de mim, e como se me tivesses lido o pensamento, desabotoaste-me as calças e procuraste o meu clitóris.
Senti as pernas fraquejar quando os teus dedos me invadiram, abrindo caminho para a tua língua.
Vi-te sorver o meu líquido com prazer e, sentindo-me arder por dentro, fizeste-me vir.
Quando te ergueste e me viste tão corada, sorriste e disseste
Nem sabes há quanto tempo me apetecia fazer isto…
Foi pouco… quero tudo aquilo a que tenho direito. Vamos sair daqui, sim?
Stop the world, I wanna get out!
Há 8 meses
17 comentários:
Nossa Senhora ... Só de imaginar já tou a ferver... Ai ai ai...
Só uma palavra: FODA-SE!!!!
(pode-se dizer, na pode...?)
Com os calores que eu ando Diaba, devias ser multada por maus tratos!!!!
"Mirava demoradamente cada membro masculino"... era uma conferência de nudistas?
Ah pois é!
A menina Diaba não brinca em serviço! :)
Até nas conferencias, veja-se só onde anda esta mente preversa e atravessada!!! :)
A conferencias destas não em deixam a mim ir!! eheheh
R...
Ah pois é!
A menina Diaba não brinca em serviço! :)
Até nas conferencias, veja-se só onde anda esta mente preversa e atravessada!!! :)
A conferencias destas não em deixam a mim ir!! eheheh
R...
Diabinha,
Tens mesmo jeito para a escrita... já pensas-te em escrever um romance? Daria um best-seller!
Bjs
João
doce, precisas de água fresquinha? ;)
beijo
piggy, multada, eu?? era o que mais faltava!! :P
rafeiro, de ti, trato em privado!!!! :P:P:P
r, a minha mente perversa anda sempre por aí, principlamente nas conferências! ou é isso ou é adormecer a meio... :D
joão, és um querido mas o meu talento não é a escrita... :D
beijo
Sortuda! Belo papelinho! Belo amasso!
Aiiii...
Bjs prometidos
Mas que tesão com que fiquei! :D
(pode-se dizer também?)
E agora?? Quem me levanta de trás da secretária? LOOLL
Que se lixe a conferencia !! são cenas dessas que faz a malta se sentir viva...boa !! tambem quero!
Há poucas coisas que dêem essa pica, como a adrenalina do caminhar no desconhecido! Eu sou fã :-)
E fiquei também fã desta tua "casa"!
Bjoosss
Em privado? Vais dar-me um bilhetinho para ir ao WC?
Repasso-te mais um selinho!
Passa lá no blog para o buscar!
Bjs prometidos
Diabinha,
Então tens muitos talentos... :):):)
Bjs
João
Diabinha!
Bom fim-de-semana!
Diverte-te e descansa!
Bjs prometidos
Apenas espero que o Mr. Ticket não tenha sido o congressista pois era um bocado chato ter a audiência toda à espera e às escuras também lhes podia dar alguns devaneios :)
XinXin
Ps: Escreve muito bem .)
Bem escrito, concentrado na leitura perto do fim quase que te senti o sabor...
Beijos Longos.
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