quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Conhecer-te

Não dormi nada a noite toda. Um nervoso miudinho pairava sobre mim, impedindo-me do descanso que eu tanto precisava.
Sentia-me psicologicamente esgotada. Nervosa. Ansiosa. Olhava para o relógio na esperança que o tempo passasse rápido, mas parecia que as horas tinham ficado suspensas.
Ia assistir a uma conferência, e sabia que estarias lá.
Apesar de não saber sequer como és, a ideia de partilhar contigo o mesmo espaço físico e temporal deixava-me muito inquieta. Sabia que passaria o tempo a fixar as pessoas em meu redor, procurando algo naqueles olhares anónimos, que te denunciasse.
Era excitante a ideia de que tu mais facilmente me reconhecerias, e isso aumentava o meu nervosismo.

A sala onde ocorria a recepção estava cheia. As pessoas distribuíam-se aleatoriamente em pequenos grupos, e conversavam formalmente.
Procurava-te por entre elas. Mirava demoradamente cada elemento masculino que estava presente naquele espaço., mas o teu aspecto físico era uma incógnita para mim, por isso não sabia o que procurar. Alguns olhares cruzavam-se com os meus, aumentando a hipótese de seres tu.

Tentando acalmar o coração que batia forte dentro de mim, e a sensação de borboletas na barriga que me faziam sentir uma adolescente apaixonada, concentrei-me na conversa com uma colega.
Permaneci naquela sala mais 5 minutos, até que alguém avisou que a conferência ia ter inicio.
Um amontoado de gente dirigiu-se à porta de entrada do auditório, e eu optei por aguardar um pouco, ficando mais para trás.
Quando ia a entrar, alguém me deu um encontrão, derrubando-me a mala. No meio da confusão, senti apenas uma mão colocando alguma coisa entre os meus dedos, mas não tive tempo de ver nada, pois entretanto as luzes apagaram-se.
Recompus-me, um pouco embaraçada por estar a impedir passagem às pessoas, e tomei noção do papel que tinha na mão.
O meu coração quase saltava do meu peito. Encostei-me à parede, num sítio onde tinha alguma luz, e abri o papel que tinha sido meticulosamente dobrado.

Uma simples frase, escrita numa caligrafia bonita e elegante dançava naquele pedaço de papel.
“Vem ter ao WC”
O meu coração acelerou, uma onda de calor a subiu-me pelo corpo e culminou com um rubor nas faces que teimou em não desaparecer.
Olhei em redor, procurando-te, mas tudo o que vi foi gente já sentada e atenta à conferência.

Desculpei-me perante a minha colega, dizendo que estava a sentir-me indisposta, e saí da sala.
Com as mãos a tremer, mas segurando firmemente aquele pedaço de papel, talvez com receio de que fosse tudo um sonho e o papel de esfumasse e deixasse um vazio, olhei em redor e procurei alguma indicação que me levasse ao WC.
Andei uns metros apenas, sentindo as pernas pesadas, como se me deslocasse numa passadeira rolante, mas em sentido contrário, e vislumbrei na esquina a indicação que procurava.
Olhei de novo para o papel. Talvez tivesse lido mal, talvez a minha cabeça tivesse feito confusão e não fossem aquelas palavras que lá estavam escritas. Mas, mais uma vez, “Vem ao WC” saíam daquele suporte fixo e inerte e dançavam à frente dos meus olhos.

O corredor estava vazio, e a porta, comum para ambos os géneros, estava fechada.
Respirei fundo e levei a mão ao puxador.
A porta abriu-se à minha frente e rapidamente um vulto se moveu, olhando para mim. Toda eu tremia, as pernas pareciam que iam desfalecer a qualquer momento, mas os meus olhos fixavam os dele como se fosse possível dizer tudo o que me ia na alma através deles. Não tive dúvidas que eras tu.
Avançaste em direcção a mim e ergueste a mão até ao meu rosto. Senti o teu calor junto à minha pele, o teu cheiro, e fechei os olhos.
Os teus lábios roçaram nos meus durante breves segundos, e de seguida afastaste-te, sem desviar os olhos de mim nem me largar o rosto.
Sentia a tua respiração acelerada e o coração bater-te no peito. Olhei para os teus lábios, à espera de outro beijo, e rapidamente te prontificaste a satisfazer-me.
Desta vez com mais intensidade, senti o teu corpo empurrar-me contra a parede, a tua boca a pressionar-me os lábios e a língua a entrar dentro de mim. Demos um beijo carregado de desejo, como há muito eu desejava.
As tuas mãos envolviam-me o corpo agora, apertando-me a cintura e puxando-me para ti.
E nesse momento fomos invadidos pela ânsia de nos termos. De concretizarmos tantas vontades… tantos sonhos.
É certo que o local não era o mais apropriado, pois poderia entrar alguém a qualquer momento, mas a verdade é que já não conseguíamos largar-nos.
Beijavas-me o pescoço e ias descendo cada vez mais. Eu limitava-me a gemer, enquanto sentia a tua boca e as tuas mãos no meu corpo.
Ajoelhado à minha frente, levantaste-me um pouco da camisola que eu vestia, deixando a descoberto a minha barriga.
Beijaste-me por baixo do umbigo, e senti a tua língua molhando-me a pele, deixando um rasto de saliva que me fez arrepiar.
Desceste mais um pouco, e senti-te mordiscar-me a púbis por cima das calças.
Os meus dedos entrelaçavam o teu cabelo, e gemia a cada toque teu.
Apalpaste-me por cima da roupa, e já me sentia encharcada. Queria a tua mão dentro de mim, e como se me tivesses lido o pensamento, desabotoaste-me as calças e procuraste o meu clitóris.
Senti as pernas fraquejar quando os teus dedos me invadiram, abrindo caminho para a tua língua.
Vi-te sorver o meu líquido com prazer e, sentindo-me arder por dentro, fizeste-me vir.
Quando te ergueste e me viste tão corada, sorriste e disseste

Nem sabes há quanto tempo me apetecia fazer isto…

Foi pouco… quero tudo aquilo a que tenho direito. Vamos sair daqui, sim?

17 comentários:

Doce Veneno disse...

Nossa Senhora ... Só de imaginar já tou a ferver... Ai ai ai...

piggy disse...

Só uma palavra: FODA-SE!!!!

(pode-se dizer, na pode...?)

Com os calores que eu ando Diaba, devias ser multada por maus tratos!!!!

Rafeiro Perfumado disse...

"Mirava demoradamente cada membro masculino"... era uma conferência de nudistas?

Ver pa Crer disse...

Ah pois é!
A menina Diaba não brinca em serviço! :)
Até nas conferencias, veja-se só onde anda esta mente preversa e atravessada!!! :)

A conferencias destas não em deixam a mim ir!! eheheh

R...

Ver pa Crer disse...

Ah pois é!
A menina Diaba não brinca em serviço! :)
Até nas conferencias, veja-se só onde anda esta mente preversa e atravessada!!! :)

A conferencias destas não em deixam a mim ir!! eheheh

R...

Anonymous disse...

Diabinha,
Tens mesmo jeito para a escrita... já pensas-te em escrever um romance? Daria um best-seller!
Bjs
João

DC disse...

doce, precisas de água fresquinha? ;)
beijo

piggy, multada, eu?? era o que mais faltava!! :P

rafeiro, de ti, trato em privado!!!! :P:P:P

r, a minha mente perversa anda sempre por aí, principlamente nas conferências! ou é isso ou é adormecer a meio... :D

joão, és um querido mas o meu talento não é a escrita... :D
beijo

DESIRE disse...

Sortuda! Belo papelinho! Belo amasso!
Aiiii...
Bjs prometidos

O Viajante disse...

Mas que tesão com que fiquei! :D
(pode-se dizer também?)

E agora?? Quem me levanta de trás da secretária? LOOLL

Anonymous disse...

Que se lixe a conferencia !! são cenas dessas que faz a malta se sentir viva...boa !! tambem quero!

Paulo Rodrigues disse...

Há poucas coisas que dêem essa pica, como a adrenalina do caminhar no desconhecido! Eu sou fã :-)

E fiquei também fã desta tua "casa"!

Bjoosss

Rafeiro Perfumado disse...

Em privado? Vais dar-me um bilhetinho para ir ao WC?

DESIRE disse...

Repasso-te mais um selinho!
Passa lá no blog para o buscar!
Bjs prometidos

Anonymous disse...

Diabinha,

Então tens muitos talentos... :):):)

Bjs
João

DESIRE disse...

Diabinha!
Bom fim-de-semana!
Diverte-te e descansa!
Bjs prometidos

Dry-Martini disse...

Apenas espero que o Mr. Ticket não tenha sido o congressista pois era um bocado chato ter a audiência toda à espera e às escuras também lhes podia dar alguns devaneios :)

XinXin

Ps: Escreve muito bem .)

Silk disse...

Bem escrito, concentrado na leitura perto do fim quase que te senti o sabor...
Beijos Longos.