Todo o tempo do mundo - parte I

Depressa me apercebi o desejo que estava a despertar em ti. Conseguia sentir o calor que emanavas de dentro das tuas calças e o quanto estavas duro. Conseguia senti-lo roçar-se na minha perna.
Continuámos aos beijos, agora mais intensos. Sabes como me pões louca com toda essa fúria e que depressa me põe sedenta de te sentir dentro de mim.
Agarras-me pelo cabelo e começas a beijar todo o meu pescoço, sinto a tua respiração e uma onda de arrepios me descem pela espinha. Começo a ofegar incontrolavelmente. Daqui a nada gemo e as pessoas vão perceber o que me passa pela cabeça.
As tuas mãos descem para me agarrar o rabo, dizes o quanto é bom apesar de eu achar que poderia ser melhor. Mas o fogo do teu olhar leva-me a acreditar em tudo o que dizes.
Passa um comboio.
Não parecemos notar, envolvidos neste fogo que sentimos e que não há meio de o deitarmos cá para fora. Que mais fazer senão fantasiar com os dias em que estávamos os dois juntos, nus, sem restrições de tempo ou de espaço...
Visualizei-me novamente naquele quarto de motel, sentido o mesmo fervor que agora.
Já no quarto e sem demora começo a despir-te, primeiro a camisola. Examino o teu tronco nu. Que magnífico que és, nem tu sabes o quanto... Demasiado peludo? Eu acho-te tão sexy e másculo que ainda consigo ficar mais desejosa de te ter de encontro ao meu peito que sem demora se apresenta para ti nu, ávido de se encontrar com as tuas mãos que tu bem sabes usar.
Agarras-me e mais uma vez reparo que desperto qualquer coisa em ti que te faz perder ainda mais a cabeça. Começas a dizer baixinho como adoravas estar dentro de mim e eu perco-me nas tuas palavras.
Com a mão dentro das tuas calças, sinto o teu tesão, duro para e por mim.
Atiras-me para cima da cama e tiras-me as calças num instante, como se de vida ou morte dependesse.
Vens para cima de mim e sinto o calor do teu corpo encostado ao meu. Como adoraria passar uma noite agarrada a ti, mas agora não há tempo para pensar nisso.

(continua)

Autoria: Safira