terça-feira, 15 de maio de 2007

Controlo

Houve dias em que o medo falou mais alto. E tive de me controlar perante a impossibilidade de estar contigo.
Dessas vezes (e foram muitas), descarregava a adrenalina comigo mesma.

Uma vez, no regresso a casa após um dia de trabalho, parei o carro na berma.
Os carros passavam, velozes.
Recostei-me para trás, sentada no banco, e meti a mão dentro das minhas cuecas.
Estava tão húmida, que demorei apenas alguns segundos a vir-me.
Imaginei-te dentro de mim, a tocar-me, a lamber-me.
Foi um prazer fugaz.
Este, como todos os outros que passámos juntos.
Acho que ainda hoje não acreditas que tive “lata” para o fazer.
Mas fiz.

Tal como o fazia nas noites em que me sentia sozinha na cama…
Passear as mãos pelo corpo, dos seios ao interior das coxas, antes de mergulhar com os dedos no meio daquele pequeno jardim de prazeres húmido e quente.
Imaginava ali a tua língua, a brincar com o meu clitóris, a sorver todo aquele líquido, e depois sentir-te a penetrar-me… era o prazer na mais sua pura essência.

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