quarta-feira, 9 de maio de 2007

E tudo começou com um sonho...

Tenho a sensação de que o nosso encontro estava escrito no destino, não fosse o facto de, sem saber como, ter tido um sonho erótico contigo. Isso intriga-me, ainda para mais quando nem sequer te conhecia.
Via-te por aí… nada mais.
Aproximei-me de ti, movida pela curiosidade de descobrir o que tinhas tu que, de algum modo, inconsciente, me fascinava.

Fomo-nos descobrindo.
Tu e eu, ambos envolvidos em bonitas relações, confortáveis e estáveis, apenas pecando pela ausência de adrenalina.
Cada um de nós procurava, à sua maneira, sensações novas por acharmos que merecíamos e precisávamos de mais… E deixámo-nos levar.

Fui descarada contigo.
Provocavas-me e eu gostava.
Ao mesmo tempo que te sentias um garanhão a engatar uma miúda, eu contigo podia dar asas à minha imaginação e tornar-me numa femme fatale digna de filme erótico.

Penso que nessa altura aquilo não era mais do que uma guerra de palavras. Um braço de ferro a ver quem conseguia ir mais longe, ser mais provocador ou despertar mais intensamente o desejo um no outro.

Sentia que contigo podia (e posso) revelar o meu íntimo sem me sentir culpada.

Das palavras aos actos foi um salto.
Quando me recordo daquele nosso “primeiro encontro” para trocar um beijo, não consigo deixar de me rir da infantilidade do acto.

Cheguei ao pé de ti (a medo, confesso) como quem diz “é a tua oportunidade de provar o doce… quanto ao resto do bolo, terás ainda de penar mais um pouco para o ter”.

Ainda pensei, nessa altura, que o sentimento de culpa de provar o fruto proibido fosse tão grande que me acalmaria e não voltaria a meter-me contigo. Erro crasso!

Já não me lembro quanto tempo passou depois disto, se horas ou dias, até ao momento em que te senti contra mim de pau feito, e com uma mão insistentemente a querer entrar dentro das minhas cuecas.

Acho que foi no momento em que me tocaste lá em baixo, que viste realmente naquilo em que te estavas a meter. E começou a luta entre o “querer sair” e o “querer ficar”.

1 comentário:

carpe vitam! disse...

é curioso, porque eu nunca traí mas já sonhei que o fazia e soube-me muito bem a princípio, mas depois a dor do remorso fez-me ver que não valeria a pena, que não seria capaz de olhar novamente para a pessoa que amo se o fizesse. Achei que a dor não compensaria o prazer. Mas isto não passou de um sonho/pesadelo. Estou a gostar de te descobrir, de perceber as tuas motivações.