...eram dois desconhecidos rumando ao encontro um do outro. Os vastos quilómetros que os separavam rapidamente foram superados por uma viagem que parecia ter sido feita através de uma porta do tempo, ao ponto de ela não se lembrar sequer do caminho que tinha percorrido.
Desde que saíra de casa até parar no parque de estacionamento de uma praia, algures a meio do caminho e escolhida ao acaso, tinha entrado num transe profundo.
Um nervoso miudinho fazia-a hesitar entre estar ali ou fugir. A hora aproximava-se e com ela a inquietação aumentava.
Procurando acalmar-se, ia bebericando água por uma pequena garrafa, mas não estava a resultar. Olhou para o relógio e sentiu um nó no estômago. Sabia que não tardava muito para ele estar ao pé dela.
Ia vê-lo pela primeira vez. E tinha medo.
Saiu do carro e caminhou em direcção à praia, como se desta forma se pudesse esconder. Não queria estar ali quando ele chegasse.
O sol já se tinha posto e o céu estava com uma magnífica tonalidade amarela e rosada.
Descalçou os sapatos e foi até à beira da água. Sentou-se na areia e ficou a mirar a imensidão do mar azul.
Concentrou-se naquilo que a tinha levado a fazer aquela viagem.
Desejo.
Desde que, meses antes, iniciara uma troca de palavras com ele, rapidamente surgiu uma empatia sexual fora do comum. Ela desejava-o. E ele desejava-a.
A ideia de pôr em prática tudo aquilo que já tinham falado, estava a deixá-la excitada em detrimento do receio de estar prestes a encontrar-se com um estranho.
Se bem que não fosse um estranho… conhecia-lhe a vida, conhecia-lhe os sonhos, conhecia-lhe os receios, e apesar de não conhecer o rosto, é como se isso não interessasse.
Ainda não sabia ao certo qual seria a primeira coisa a dizer quando o visse, por mais que já tivesse imaginado aquele momento.
Só sabia que tinha vontade de o olhar nos olhos, mesmo que da boca não saísse qualquer som. Pelos olhos veria a pessoa que só conhecia através de palavras.
Recordava-se das conversas que tinham tido, daquilo que tinham prometido fazer um ao outro quando estivessem juntos, e reparou que não estava a fazer nada do que tinha sido combinado. Estava a esconder-se, estava a hesitar. Ela, que tinha prometido ficar firme. Fechou os olhos, respirou fundo e levantou-se para rumar de novo até ao carro e lá aguardar por ele com um grande sorriso nos lábios.
Quando se voltou deu de caras com ele, parado a cinco metros dela e a fixá-la.
…
As coisas já não estavam a correr bem como ela queria. Mas tudo bem, não era agora que ia dar parte de fraca. Esboçando um ligeiro sorriso, ele disse “Olá!”. Ela sorriu e balbuciou também um “Olá” que mal se ouviu.
Assim que o olhou nos olhos sentiu o receio a desvanecer-se e, sem desviar o olhar um do outro, aproximaram-se.
Ela ergueu uma mão e tocou-lhe nos lábios, fixando-os à espera de um beijo. Ele aproveitou ela estar tão próxima, e beijou-a abraçando-a pela cintura.
Um longo beijo, tal como ambos tinham imaginado, que depressa se transformou em algo entusiástico e lascivo, trazendo à memória tudo aquilo que tinham falado. As mãos dele desceram pelas costas dela até ao rabo e a sua boca desceu pelo pescoço, decote dentro.
Ambos sabiam como aquilo iria terminar. E deixaram-se ir.
Deitaram-se na areia e ela subiu para cima dele, beijando-lhe a boca e o pescoço. Já o sentia duro por baixo da roupa, desejoso de a possuir, e ela também estava encharcada e sentia o sexo a palpitar.
Tinha consciência de que não deveriam estar ali. Havia pessoas a passear na praia e podiam ser vistos, mas não conseguiam parar. Tinham de o fazer naquele instante.
Sentindo as mãos dele nos seus seios, e sem parar de o beijar, tirou o sexo dele de dentro das calças e começou a acariciá-lo. Tinha imaginado muitas vezes como era ele, qual o sabor dele, se a preencheria, e finalmente estava com ele nas mãos, prestes a levá-lo à boca.
Quando os lábios dela tocaram na cabeça do pénis, ele gemeu, e ela deliciou-se com o seu sabor.
De seguida ergueu-se, afastou o fio dental por baixo da saia, e montou-o.
Só alguns minutos depois de se virem é que foram capazes de assimilar o que tinha acontecido e onde estavam.
E foram assim os primeiros minutos daquele encontro que se prolongou noite dentro...
Stop the world, I wanna get out!
Há 8 meses
2 comentários:
É VRDADEIRAMENTE EXCITANTE UM ENCONTRO DESTA NATUREZA,Tudo vem sem se fazer qualquer qualquer comentário, desfruta-se do prazer ( quando existe) e só no fim se balbuciona, se comenta algo e esse algo muitas vezes acaba por ser frustrante, oxalá não tivesse sido o caso.
humm...tenho uma história tão parecida....para não dizer igual ... só não houve praia...mas muito sexo
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