segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Matar saudades II

Chego do almoço pensativa.
Sento-me à secretária fixando o vazio, e nem dou pelo envelope que está pousado em cima da mesa.

Ligo o Messenger. Apetece-me conversar com alguém, quanto mais não seja para me distrair daquilo que me assola a mente.

Tu.

Estás online. Mas não é contigo que vou falar. Não adianta. Já mostraste bem a tua posição, e longe de mim querer ser considerada uma “perseguidora”.
Sinto-me um pouco revoltada, e acabo por ignorar o Messenger, ocupando-me com o trabalho.
O telefone toca, e quando me apresso para atender, reparo no envelope.

Ao mesmo tempo que respondo a quem está do outro lado da linha, abro-o despreocupada. O que está lá escrito emudece-me e sinto-me corar quando reconheço a tua letra.
Deixas-me confusa, principalmente porque já deste sinais de não querer nada de mim.
Ou seria jogo?

Queres-me?
Pensas que é só lançar um convite destes e eu caio nos teus braços?

Apetece-me deixar-te a sofrer, para provares um pouco do teu próprio veneno.

4 comentários:

Noivo disse...

ai ai ai:) tu não te fiques mulher! tu tens o diabo no corpo!!!

Pedro disse...

Eu aconselhava-te a ir espairecer esse diabo,........no arquivo?!?
Vai lá, o que tu queres......sabe ele!
O diabo!

Fogo disse...

Ai, lembranças dos tempos que alguém casado me deixava mensagens do tipo "às 6, na cave da biblioteca"... Foi muito bom, aprendi muito e não me arrependo. Mas se puder evitar não me volto a meter noutro molho de bróculos desses...
Boa sorte!

Ana disse...

Ai o suspense.. :)