Chego do almoço pensativa.
Sento-me à secretária fixando o vazio, e nem dou pelo envelope que está pousado em cima da mesa.
Ligo o Messenger. Apetece-me conversar com alguém, quanto mais não seja para me distrair daquilo que me assola a mente.
Tu.
Estás online. Mas não é contigo que vou falar. Não adianta. Já mostraste bem a tua posição, e longe de mim querer ser considerada uma “perseguidora”.
Sinto-me um pouco revoltada, e acabo por ignorar o Messenger, ocupando-me com o trabalho.
O telefone toca, e quando me apresso para atender, reparo no envelope.
Ao mesmo tempo que respondo a quem está do outro lado da linha, abro-o despreocupada. O que está lá escrito emudece-me e sinto-me corar quando reconheço a tua letra.
Deixas-me confusa, principalmente porque já deste sinais de não querer nada de mim.
Ou seria jogo?
Queres-me?
Pensas que é só lançar um convite destes e eu caio nos teus braços?
Apetece-me deixar-te a sofrer, para provares um pouco do teu próprio veneno.
Stop the world, I wanna get out!
Há 8 meses
4 comentários:
ai ai ai:) tu não te fiques mulher! tu tens o diabo no corpo!!!
Eu aconselhava-te a ir espairecer esse diabo,........no arquivo?!?
Vai lá, o que tu queres......sabe ele!
O diabo!
Ai, lembranças dos tempos que alguém casado me deixava mensagens do tipo "às 6, na cave da biblioteca"... Foi muito bom, aprendi muito e não me arrependo. Mas se puder evitar não me volto a meter noutro molho de bróculos desses...
Boa sorte!
Ai o suspense.. :)
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