quinta-feira, 31 de maio de 2007

Provocação

Nalguns dias mais inspiradores, tentei criar cenários que te seduzissem visualmente, e que te fizessem pensar que valia a pena.

Lembro-me de como deliravas sabendo que não tinha cuecas por baixo da roupa. Por isso uma vez, provocadoramente, de saia, meias de liga e botas altas, fui ter contigo.

Ainda coro quando penso na minha falta de pudor, encostada à parede, semi-nua, contigo a explorar todo o meu corpo com a boca e com as mãos.
Queria que os minutos passassem devagar, que aquela noite não acabasse num ápice.
Entre carícias, sexo oral e muita tesão, a vontade de que me penetrasses era desmesurada...
Quando já não aguentava mais, debrucei-me nas costas do sofá, e olhei para ti, como quem diz “fode-me”.

O que sentia quando entravas em mim era mágico… preenchias-me de tal modo que eu parecia bloquear ali mesmo, tal era o gozo.
Sentir-te a entrar e a sair lentamente, deslizando com uma facilidade tremenda com toda aquela humidade, era a única coisa que o meu cérebro assimilava naquele momento. E por incrível que pareça, o orgasmo era secundário.
Talvez por isso tenham sido poucas as vezes em que me viste vir-me.

Era inconsciente… mas acabava por me sentir culpada por te ver duvidar da tua performance sexual.
Como te poderia fazer acreditar que aqueles momentos eram mais valiosos que mil orgasmos?

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Queria...

“ ... que me tocasses com a língua”

“onde?”

“no meu pescoço”

“só?”

“nos meus mamilos”

“e mais?”

“no meu sexo”

“só tocar?”

“não…
chupar também,
trincar,
e depois meter lá dentro o teu sexo duro,
quente
e a palpitar”

Pergunta "pertinente" do dia


Conseguimos partilhar o mesmo espaço físico e temporal, sem sermos, nem que seja momentaneamente, assolados por pensamentos ilícitos?

terça-feira, 29 de maio de 2007

Fantasia

Às vezes penso como seria ficarmos, só os dois, fechados no elevador.

Tentando criar uma linha de acontecimentos, aqui vai o que o meu imaginário denuncia
Primeiros minutos:
Recuperamos do susto… (será que o elevador fica às escuras?)
Somos obrigados a conformarmo-nos e esperamos. Pelo meio vamos falando de banalidades.
Meia hora depois:
Num cubículo, os dois, a temperatura sobe.
45 minutos depois:
Há uma faísca.
Empurras-me contra a parede e olhas para mim. A minha respiração acelera-se e olho para a tua boca, imaginando o teu beijo, sem te tocar…
Mil e uma sensações sobem pelo meu corpo.
Fecho os olhos e sinto a tua respiração no meu pescoço, a tua mão na minha cintura, e tu a aproximares-te de mim.
Com o teu corpo contra o meu, beijamo-nos. Mordisco-te o lábio (que saudades).
Vais descendo, da boca para o pescoço, até às mamas. Sugas-me os mamilos.
Enquanto a tua boca permanece aí, as tuas mãos já percorrem o interior das minhas coxas (estou de saia!)
Tiras-me as cuecas. Fazes-me içar uma perna, que apoio na parede oposta e, ajoelhado à minha frente, fazes-me sexo oral.
Aprecio, deliciada, toda a cena através do espelho. Vejo-me numa pose toda desinibida, com o peito a sair da roupa, a saia subida até ao rabo, e tu a lamberes-me. Rapidamente me venho. Gemo de prazer.
A seguir, levantas-te e beijas-me de novo.

Nisto alguém grita, lá fora, prenunciando o fim da aventura.
Compomo-nos, a custo, contigo a tentar esconder a erecção por entre as calças, e eu a tentar arrefecer o rosto corado.

P.S. - Se nos próximos tempos não entrar no elevador quando lá estiveres, não leves a mal…

terça-feira, 22 de maio de 2007

Amizade colorida

Tenho consciência de que a decisão de publicar um blog com as minhas memórias mais obscuras, relacionadas com uma experiência marcante da minha vida, pode pôr em causa a minha amizade por ti.

Independentemente daquilo que passámos juntos és, sem sombra de dúvida, um dos meus melhores amigos.
E precisamente por isso considero importante, e preciso, de uma convivência contigo mais directa, mais presente.
Se isto sempre tenha sido um pouco complicado, talvez devido ao desconforto que deves sentir por toda a situação que criámos nos últimos anos, então agora não estou a facilitar em nada, trazendo ao de cima memórias e sentimentos que julgava adormecidos.

Para te acalmar, quero que tenhas consciência de que as coisas que digo são apenas isso. Coisas! Do meu imaginário.
Uns dias mais poéticos, outros mais directos, outros mais sentimentais…
Mas sei perfeitamente distinguir os devaneios da realidade.
Não escrevo com qualquer intenção de perseguição. E tão pouco quero que te sintas na tentação de cair de novo naquele emaranhado de sentimentos, físicos e psicológicos.

Escrevo para me divertir um pouco. Para me abstrair da realidade que nem sempre é como desejamos.
E porque também preciso de flirt para elevar a minha auto-estima.
Por isso, se de alguma forma te ofendo ou te deixo desconfortável, espero que me digas.

Porque acima de tudo está a nossa amizade.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Apetecia-me

Provar de novo o teu sabor e sentir o teu cheiro

Beijar de novo os teus lábios e tocar no teu corpo

Nu

Quente

Suado

Forte

Másculo

Pegar de novo no teu pénis, erecto

E fazer-te entrar dentro de mim

quinta-feira, 17 de maio de 2007

A 1ª vez

Era Verão, e os dias longos e quentes permitiam dar azo à imaginação e faziam-nos voar para além das nossas limitações.
Aos poucos, as peças do puzzle juntarem-se de maneira a criar condições quase perfeitas para passarmos um tempo juntos. E então, entre as nossas conversas habituais, surgiu um convite.

O dia de trabalho, o final de tarde passado entre amigos, o jantar de convívio, o filme que se seguiu e as conversas cruzadas, era como se nada disso estivesse a acontecer.
Eu não estava lá, não me sentia lá… a essa hora já andava a mil, apenas a pensar no momento em que estaria contigo.
Foi um dia passado “na lua”, e a constante dúvida “vou ou não vou?” girava sobre a minha cabeça, como borboletas.

Naquela primeira noite que estive contigo em tua casa, no sofá, com as roupas espalhadas pelo chão, foi talvez a mais intensa forma de sexo de que tenho memória.
E isto, por tudo o que foi o dia que antecedeu esse momento.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

...

Ontem tive uma noite de sexo fantástica!

Afinal, recordar estas cenas quentes não é tão mau quanto isso!
Até traz vantagens... ;)

terça-feira, 15 de maio de 2007

Controlo

Houve dias em que o medo falou mais alto. E tive de me controlar perante a impossibilidade de estar contigo.
Dessas vezes (e foram muitas), descarregava a adrenalina comigo mesma.

Uma vez, no regresso a casa após um dia de trabalho, parei o carro na berma.
Os carros passavam, velozes.
Recostei-me para trás, sentada no banco, e meti a mão dentro das minhas cuecas.
Estava tão húmida, que demorei apenas alguns segundos a vir-me.
Imaginei-te dentro de mim, a tocar-me, a lamber-me.
Foi um prazer fugaz.
Este, como todos os outros que passámos juntos.
Acho que ainda hoje não acreditas que tive “lata” para o fazer.
Mas fiz.

Tal como o fazia nas noites em que me sentia sozinha na cama…
Passear as mãos pelo corpo, dos seios ao interior das coxas, antes de mergulhar com os dedos no meio daquele pequeno jardim de prazeres húmido e quente.
Imaginava ali a tua língua, a brincar com o meu clitóris, a sorver todo aquele líquido, e depois sentir-te a penetrar-me… era o prazer na mais sua pura essência.

segunda-feira, 14 de maio de 2007


Palavras escritas

O meu telemóvel foi meu aliado nestas aventuras.
Era como se estivesse ligada a outro tempo, a outra vida.
Recordo-me da troca de mensagens que tinham mais carga sexual do que o próprio acto em si, e isso deixava-me louca…

Gostava de te deixar excitado nas situações mais caricatas. Saber-te a fervilhar de desejo era um afrodisíaco para mim.
Quando te sabia sozinho.
Quando te sabia ocupado.
Quando te sabia disposto e mesmo quando estava ao pé de ti…
Dizer-te, à frente de tanta gente, através deste pequeno cúmplice, sem ninguém em nosso redor imaginar sequer, “Quero foder contigo” e ver a tua reacção…
O olhar que me lançavas de seguida, entre o atrapalhado e o alucinado, era como se me dissesses “E eu, contigo”...
Toda eu estremecia.
No íntimo, isso para mim já bastava.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Fantasia

Num carro, nós dois, regressando a casa após uma festa.
Tu a conduzires, eu a teu lado.
Conversa banal. Tu concentrado na estrada.
Faz-se silêncio.
Na escuridão da noite, imagino o teu toque.
Sinto ondas de calor pelo corpo. A respiração acelera-se.
Olho para ti.
Continuas concentrado na estrada.
Olho de novo para a frente.

Lentamente, movo o braço em direcção às tuas pernas.
Quando te toco, sinto-te estremecer.
Olho de novo para ti.
Um leve sorriso transparece dos teus lábios.
Continuo.
Num ápice, sinto-o a ficar duro.
Peço-te para parares o carro.
Paras e voltaste para mim.
Beijas-me.
Afasto-te e saio do carro.
Tu vens atrás.
Ali, parados à beira da estrada, noite dentro
Recosto-me ao carro e sinto o teu corpo contra o meu.
Beijos lascivos.
Mãos inquietas.
Calor.
Desejo.
Roupas que se desapertam como que por magia.
A tua boca nos meus mamilos.
A tua mão nas minhas coxas.
Voltas-me, fico de costas para ti.
Mais beijos.
Mais mãos.
Mais calor.
Entras em mim.
Passam-se segundos, dissimulados pelo prazer.
Sinto-te vir.
Venho-me.

Deixas-me em casa.
“Boa noite! Sonhos cor-de-rosa”
Penso para mim mesma “podia ter sido assim…”.
E adormeço.

Desejo

Levei a minha sanidade mental ao extremo, ao ponto de consumar uma relação sexual no local de trabalho. E como foi bom misturar o desejo carnal com o medo de sermos apanhados.
Parecia que naquele momento só o sexo contava, só isso era importante.
Era o nosso instinto animal a gritar com toda a força, e estava disposta a correr riscos por um momento de prazer.

Ultrapassava todas as barreiras do racional, ao ponto de achar que não era eu, mas sim o meu alter-ego que me conduzia à beira de um abismo para o qual estava pronta a saltar.

Lá no nosso recanto, ajoelhei-me à tua frente e, só com a boca, fiz-te vir.

O que eu queria era que me penetrasses com toda a tua força, ao mesmo tempo que sentia as tuas mãos pelo meu corpo, mas deixei de lado o meu próprio prazer.
Não seria ali.
Não naquele momento.

Foram apenas uns instantes num encontro furtivo que ficaram gravados na minha memória para sempre.

Não houve tempo para palavras.
Nem foi preciso.
Foram uns minutos que se dissiparam, e voltámos a ser eu e tu.
Como se nada fosse.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

E tudo começou com um sonho...

Tenho a sensação de que o nosso encontro estava escrito no destino, não fosse o facto de, sem saber como, ter tido um sonho erótico contigo. Isso intriga-me, ainda para mais quando nem sequer te conhecia.
Via-te por aí… nada mais.
Aproximei-me de ti, movida pela curiosidade de descobrir o que tinhas tu que, de algum modo, inconsciente, me fascinava.

Fomo-nos descobrindo.
Tu e eu, ambos envolvidos em bonitas relações, confortáveis e estáveis, apenas pecando pela ausência de adrenalina.
Cada um de nós procurava, à sua maneira, sensações novas por acharmos que merecíamos e precisávamos de mais… E deixámo-nos levar.

Fui descarada contigo.
Provocavas-me e eu gostava.
Ao mesmo tempo que te sentias um garanhão a engatar uma miúda, eu contigo podia dar asas à minha imaginação e tornar-me numa femme fatale digna de filme erótico.

Penso que nessa altura aquilo não era mais do que uma guerra de palavras. Um braço de ferro a ver quem conseguia ir mais longe, ser mais provocador ou despertar mais intensamente o desejo um no outro.

Sentia que contigo podia (e posso) revelar o meu íntimo sem me sentir culpada.

Das palavras aos actos foi um salto.
Quando me recordo daquele nosso “primeiro encontro” para trocar um beijo, não consigo deixar de me rir da infantilidade do acto.

Cheguei ao pé de ti (a medo, confesso) como quem diz “é a tua oportunidade de provar o doce… quanto ao resto do bolo, terás ainda de penar mais um pouco para o ter”.

Ainda pensei, nessa altura, que o sentimento de culpa de provar o fruto proibido fosse tão grande que me acalmaria e não voltaria a meter-me contigo. Erro crasso!

Já não me lembro quanto tempo passou depois disto, se horas ou dias, até ao momento em que te senti contra mim de pau feito, e com uma mão insistentemente a querer entrar dentro das minhas cuecas.

Acho que foi no momento em que me tocaste lá em baixo, que viste realmente naquilo em que te estavas a meter. E começou a luta entre o “querer sair” e o “querer ficar”.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Em tempos fiz algo que foi, até à data, a minha maior loucura…

De vez em quando essas memórias assolam-me (o corpo) e revivo cada segundo como se estivesse a viver tudo de novo.

Quando te vejo é como se o tempo não tivesse passado.
Quando me falas é como se sentisse as tuas mãos em mim.
Quando me fixas, sinto-me nua à tua frente.
E o calor que sinto roboriza-me as faces… e sinto-me frágil.

O tempo volta para trás ao som de cada memória.

Foi algo que fez parte de mim e só de mim. Naqueles momentos “ele” não existia. Éramos só tu e eu… Não houve espaço para sentimento de culpa perante o desejo que senti por ti. Foi carnal. Foi louco. E sempre que me lembro… meu deus, sempre que me lembro daquelas noites que nunca mais chegavam e pelas quais eu tanto ansiava, daqueles minutos furtivos que eu sentia que estava a roubar a "ela"… que saudades desse tempo.

Depois tudo passa. Volto a cair na realidade, inteiro-me da existência que escolhi, junto da pessoa que anuiu passar o resto da vida a meu lado, tal como tu estás junto “dela” e da tua família que entretanto se alargou.

Não vejo as coisas como traição. Nunca fui capaz de o fazer. Apesar de ter havido uma altura em que misturei os sentimentos, em que senti ciúmes, em que me magoou a tua frieza, fui forte e superei isso. E empenhei-me no meu papel… Que nome lhe dar?... São todos demasiado agressivos, e não é isso que sinto que sou.

Aqui vou transmitir aquilo que não posso contar a ninguém.
As fantasias que tive (algumas tornadas realidade), e que vou continuar a ter contigo, mesmo sabendo que não as vou poder consumar.