quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dizem-me...


...que sou perigosa.
.
.
.
Eu?!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Sinto-me...



atrevida

Não te queiras cruzar comigo hoje!...

Escorpião



Muito atraente, este signo é sensual e ardente na hora H.
É sempre um vulcão prestes a explodir de prazer.
Se quiser deixa-lo(a) louco(a), abuse dos carinhos na Nuca e Órgãos Genitais, pois são seus pontos eróticos.
Locais proibidos e misteriosos fazem sua cabeça na hora da transa.
Elevadores e Prédios abandonados deixam seus desejos à flor da pele.
.
.
Será?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Conversas

Ele
eu gosto de uma mulher que se deite e ponha a cabeça no meu colo
e que me chupe, pronto!
mas eu fico a ver-lhe as costas todas por ali abaixo

depois ela inclina-se e sobressai o papo
vou-lhe acariciando pelas costas abaixo passando pelo rego


Eu
(olha que te excitas)

Ele
e depois passo um dedo pelo meio e dois de cada lado dos lábios para ver como está a coisa
se estiver muito molhado
é o que se espera sempre


Eu
(olha que ME excitas)

Ele
depois de um pouco de festa volto atrás com o dedo molhadinho e meto-o no rabinho
depois meto os dois dedos
um de cada lado


Eu
(páaaaaaaaaaraaaaaaaaaa)

Ele
e enquanto chupa vai-se mexendo loucamente e apenas faço força nos dedos para a segurar
ui...


Eu
............

Ele
já parei
agora diz que foi mau...



Era suposto isto ser um debate de ideias para um conto… mas acho perfeito tal e qual como está.
Complicar, para quê?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Seios

Não tenho tendências lésbicas, mas de algum tempo para cá (consequência deste meio bloguistico, admitamos!) que venho fantasiando com mulheres.
Numa tentativa de aprofundar esta minha curiosidade, dou por mim a pensar no que me atrai num ser do sexo feminino mas, não sei porquê, não consigo visualizar mais do que um corpo. Nunca um rosto.

Reconheço que o que gosto no corpo são os seios.
Gosto de mamas que encham uma mão, redondinhas, firmes, semi-suspensas no ar, parecendo desafiar a gravidade, com mamilos pequenos, durinhos, numa tonalidade mista entre o rosa e castanho.

Gosto daquelas que se insinuam num decote, exibindo uma pele sedosa e macia, e saltitam suavemente com o balouçar do corpo.

Dou por mim a imaginar-me com um mamilo na minha boca, lambendo, chupando, trincando, enquanto as mãos as agarram e apertam, acariciando-as com a ternura que merecem.


by X. Maya

Creio que entendo bem o fascínio que os homens têm por este atributo feminino.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Post em branco

.





















Porque me apetece
e porque posso!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Self-service


"At the window" by Freddy Moraz

Entre o desejo e o medo
de perdas irreparáveis,
a moralista e seu dedo
tornaram-se inseparáveis

Vera Maya

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Rodrigo...

... bateu à porta do quarto dela. Na mão, trazia uma chave.
Ana abriu, já sem casaco e descalça, com a blusa de cetim semi-desabotoada e ficou a olhar para ele, séria, e sem proferir palavra.
Rodrigo gaguejou um pouco, olhou para a mão, abriu-a e exibiu aquela chave

Não dá para esta porta…

As palavras saíam-lhe envergonhadas da boca e ela ficou sem saber muito bem o que dizer. Estava à espera dele, mas ao mesmo tempo não estava. Era um misto de sensações com as quais ela não sabia como lidar. O lado responsável dela, fazia-a desejar que ele não estivesse ali, mas o lado louco ansiava por aquele momento há muito tempo. As coisas tinham estado controladas porque ele tinha sido forte o suficiente para não ceder à provocação dela. Estava tudo a correr tão bem, até àquela viagem.

Rodrigo permanecia parado no corredor, esperando pacientemente que ela lhe dissesse algo. Mas ela limitou-se a afastar-se da porta e dirigiu-se para o interior do quarto, sem nada dizer.
Ele entrou.
Aproximou-se dela o mais que pôde sem lhe tocar. O cheiro dela… aquele cheiro que o deixava louco, toldou-lhe a razão, e beijou-a.
As mãos dele pousavam ao fundo das suas costas e apertavam-na contra si. Da boca passou para o pescoço, e do pescoço para o decote enquanto a mão dele descia para as nádegas e a apalpava sobre aquelas calças de ganga.
Estava já tremendamente excitado e não conseguia parar.
Ana correspondia, embora ainda não estivesse perfeitamente à vontade com a situação.
Quando ele enfiou uma mão dentro das calças dela, invadindo o interior das suas cuecas, penetrando por entre a púbis, até chegar à entrada da vagina, ela gemeu e cravou as suas unhas nas costas dele.
O quarto estava em silêncio, aumentando o impacto da respiração e dos gemidos na libido de ambos.
Rodrigo retirava-lhe a roupa apressadamente, ansioso por a ter nua, tal como sempre a desejara.
Fodeu-a. Fodeu-a com uma vontade louca. Estava fora de si. E adorava estar fora de si, adorava a sensação de tesão constante que ela lhe dava.
Enterrou o pénis até ao fundo do útero, na ânsia de que quanto mais profundo fosse, mais prazer tinha. Queria mais, queria tudo.
Ana veio-se enquanto a sua púbis lhe esfregava o clitóris. Os movimentos dele abrandavam enquanto ela se recompunha e ela saiu da frente dele, pondo-se de gatas em cima da cama.
Naquela posição, Rodrigo podia ver os fluidos dela reluzirem. Ana, de costas para ele, pegou-lhe no pénis e encaminhou-o à entrada da vagina, sem no entanto o fazer entrar. A cabeça dele mergulhava naquele mar, ansiosa por entrar em algum sítio. Ela brincava com o pénis, andado com ele ora para a frente ora para trás, até que se debateu no ânus.
Rodrigo estava extasiado com a ideia repentina de ter sexo anal com ela, e deixou que ela tomasse as rédeas. Levou um dedo à boca, molhando-o com saliva, e massajou-lhe o ânus com ele, preparando-a.
À medida que ia enterrando mais fundo, ela gemia mais, não de dor, mas de prazer. Quando finalmente o ânus dela se habituou àquele membro, permitindo os movimentos constantes e ritmados, ele sentiu que estava prestes a explodir. Ana acariciava o clitóris com os dedos, e quando ele lhe cravou as mãos com mais força nos quadris, denunciando o jacto de sémen que despejava dentro dela, ela atingiu também o segundo orgasmo.

Quando se enfiaram os dois no duche, ele confessou-lhe que tinha estado parado à porta da sua casa, 5 dias antes.
Não entrou, porque nesse mesmo dia tinha assinado os papéis do divórcio, e estava um pouco desnorteado.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ana...

...entrou na sala de reuniões e sentou-se no lugar habitual. À medida que os colegas se iam sentando, ela revia umas notas para aquela reunião semanal, serena e abstraída do que a envolvia.
Rodrigo sentou-se à sua frente, entretido a conversar com um colega ao seu lado.
Tinham passado 5 dias desde aquela noite em que ela lhe tinha dado a chave, e Ana já tinha percebido que ele fazia tudo para a evitar. Apesar do desejo por ele ser algo crescente, respeitava a sua decisão e não voltou a abordar o assunto.
Todas as noites ia para casa a pensar se alguma vez ele a iria surpreender, mas acreditava que o desejo dele por ela tinha esmorecido, e aceitava isso.
A reunião daquele dia estava a decorrer com normalidade, até ao momento em que o chefe mencionou a necessidade de enviar alguns elementos da empresa a uma nova sucursal que tinha aberto há pouco tempo noutro lado do país.
Rodrigo era a pessoa mais competente para o fazer, e até já estava à espera, pois era normal deslocar-se com alguma regularidade às delegações.
A surpresa foi quando o chefe se dirigiu a Ana e lhe disse
Gostava que acompanhasse o Sr. Engº Rodrigo, dado ser nova na empresa, e seria interessante para o seu trabalho estar por dentro do funcionamento externo.
Ana viu Rodrigo agitar-se na cadeira, nervoso, e quando ela respondeu com voz firme Terei muito gosto, Sr. Dr. quase que o sentiu gelar.

Na manhã seguinte, bem cedo, Rodrigo foi buscá-la a casa. Sem muitas palavras, ajudou-a a pôr a mala na bagageira do carro e seguiram viagem. Tinham cerca de 4 horas de caminho pela frente, e o ambiente entre eles estava tenso.
Com o rádio ligado, iam tomando atenção às notícias, e faziam breves observações sobre temas da actualidade e trabalho.

Nada mais.
A viagem passou-se rápida e, chegando ao destino, dirigiram-se ao hotel onde já tinham as reservas feitas.
Deixaram as malas nos quartos respectivos, e foram almoçar para, da parte de tarde, se ocuparem com a nova delegação.
Ana observava, aprendia, escutava. Ele era um bom profissional, e era notório que tinha um excelente relacionamento com todos os funcionários.
À noite, foram jantar com o chefe daquela delegação, num restaurante simpático e com bom vinho.
O convívio acabou por ser bastante agradável, e Ana reparou que ele estava mais descontraído.

Quando foram para o hotel ele despediu-se de forma amável, olhando-a nos olhos.
Ainda bem que vieste comigo...
Ana sorriu e respondeu Até amanha


Rodrigo ficou parado no corredor, olhando para ela à medida que se afastava em direcção ao seu quarto e, mais uma vez, desejou-a.
As calças de ganga que ela usava colavam-lhe ao corpo, definindo-lhe a silhueta e ele, talvez um pouco inebriado pelo vinho que tinha bebido ao jantar, imaginou a pele dela por baixo da roupa.
Imaginou de que cor seria a tanga dela, se seria lisa, estampada, rendada ou transparente.
Imaginou a sua púbis, se a cor corresponderia ao tom do cabelo, se teria muitos ou poucos pêlos, se os aparava, ou se não teria nada.

Ana entrou no quarto, não sem antes olhar para ele, que permanecia ainda no corredor, e acenou-lhe.
Rodrigo entrou também no dele, olhando para o seu alto nas calças, e pensou que precisava de um duche frio.

Eu sei que queres...


não queres?...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Estou excitada

by Paulo Pagani


volto já...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Alone in the office


by Dogan Kokdemir

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Quando...

...a sua língua desapareceu por entre aqueles lábios e se deleitou com os fluidos que jorravam só para ele, sentiu-se no céu.
Ela gemia de uma forma silenciosa, deliciando-se com aquele toque que sabia ser etéreo. Apesar da calma aparente, por dentro ardia, gritava, sentia as entranhas a fervilhar e suplicava por mais.

A luz da rua projectava as suas sombras na parede branca daquele quarto minimalista e, por instantes, pareceu-lhe vislumbrar um ser mítico e imponente que a devorava.
O orgasmo chegou intenso, muito mais intenso do que naquelas vezes que ela se tinha masturbado a pensar nele, como horas antes, durante o banho. Nem sabia ao certo como se atrevia a confrontar duas situações incomparáveis.
Os gemidos foram abafados pela mão dele, que se viu obrigado a tapar-lhe a boca na eventualidade de os vizinhos a ouvirem. Ela riu-se com o gesto, e olhou-o nos olhos.
Era um homem bonito, tinha um rosto magistral, cabelo escuro e uns olhos penetrantes, e vislumbrou um esboço de um sorriso nos seus lábios.
Saiu de cima dela e sentou-se na cama, sentindo o seu sexo latejar de forma ainda mais vigorosa.

Ainda com respiração ofegante, ela ergueu-se também e ficou frente a frente com ele. Pôs-se em bicos dos pés para conseguir chegar aos lábios, beijou-o e quando desceu começou a andar à sua volta, lentamente, enquanto a língua quente e húmida lhe percorria a o peito, os braços e as costas, beijando-o e desenhando uma linha contínua que lhe gelava a pele com o sopro dela.
Inalava o seu odor como se fosse uma droga, algo que a embriagava, e a sua mão entrava-lhe pelas calças adentro e acariciava aquele membro tumescido que implorava por atenção.
Empurrou-o em direcção a uma cadeira, e ele deixou-se cair, permanecendo sentado enquanto ela o despia.

Devagar, sentou-se em cima dele com uma perna para cada lado, frente a frente, agarrou-lhe delicadamente no pau e encaminhou-o para dentro dela.
O corpo dela oscilava ao sabor do vento que agitava os ramos das árvores que se avistavam daquela janela, e ele olhava-a com uma estranha sensação de conquista e ternura, grato, feliz por ela lhe conceder aquele prazer, por o desejar, por lhe permitir estar ali.
O pénis entrava e saia daquele orifício quente ao ritmo que ela impunha, e a sensação misturava-se com a língua que lhe explorava a boca, das mãos que a agarravam, sôfregas, ávidas de um clímax mágico que justificasse toda aquela loucura.

Quando se veio, ela abraçou-o e fechou os olhos, com a cabeça apoiada no seu ombro.

Ana acordou a tremer com frio. Olhou em redor e demorou alguns segundos até se aperceber que tinha adormecido, e que ele ter vindo ao seu encontro não tinha passado de um sonho.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Parte III

Ana deitou-se na cama e fechou os olhos. Tinha consciência de que a proposta que lhe tinha feito, apesar de muito tentadora, era demasiado ousada para um homem íntegro como ele.
Recordou o momento em que lhe tocara na mão para lhe dar a chave. Percebeu que o seu toque tinha sido o suficiente para a deixar molhada e riu-se de si própria perante a facilidade com que se excitara.

Ele era quase seu chefe, era casado, partilhava uma vida com alguém, mas…
Havia um “mas” que a fazia perder a razão. Esse “mas” fazia-a cometer loucuras ao ponto de se insinuar da forma que fez.
Assustada com aquela repentina tomada de consciência, ergueu-se da cama e foi até à janela, onde permaneceu mergulhada nos seus pensamentos.

Dentro do carro, estacionado do outro lado da rua, ele olha para a chave sem saber muito bem o que fazer. Tinha passado ali a última hora, e vira as luzes da casa dela acender e apagar, até que por fim tudo sossegou.
Imaginou que ela já estivesse a dormir, talvez desiludida com ele por não ter aparecido.
Olhou de novo para o segundo andar daquele pacato prédio, e foi então que a viu à janela. O seu coração disparou, e uma excitação crescente tomou conta do seu sexo. O simples facto de a ver tinha-lhe causado uma erecção, ou melhor, tinha-a despertado, pois havia já duas horas e meia que tentava controlar-se.
Sem pensar, saiu do carro e atravessou a rua, entrou no prédio e subiu as escadas.
Ainda lhe passou pela cabeça que estava a tempo de voltar para trás, mas naquele momento o tesão falava mais alto. Foi então que se apercebeu que não valia a pena lutar mais.

Entrou dentro de casa silenciosamente. Olhou em redor tentando habituar os olhos à ténue luz, e dirigiu-se à divisão que ele presumia ser o quarto.
Ela continuava à janela, com a cabeça apoiada na parede e olhos fechados, sonhadora.

Ana…

Ela deu um salto quando o ouviu, e não teve tempo de reagir nem articular qualquer palavra. Foi de imediato agarrada por ele, que a encostou à parede e a beijou.
Sem oferecer qualquer resistência, sem fazer perguntas, sem dizer fosse o que fosse, ela deixou-se simplesmente embalar por aquele corpo que estava ali para a possuir.
Surpreendera-a. Sempre pensou que ele fosse forte o suficiente para resistir àquela tentação. Mas ao invés de perder tempo com uma análise que não interessava para nada, empurrou-o para a cama e sentou-se em cima dele, despindo a t-shirt que lhe cobria o corpo e exibindo os seios que ele tantas vezes se tinha perdido a olhar.
Inebriado, ele ergueu uma mão e envolveu o seio esquerdo, sentindo a textura macia da pele, e a auréola do mamilo enrijecer com o toque dos seus dedos.
A luz da lua entrava pela janela e iluminava-lhe a silhueta. Havia algo nela que o descontrolava.
Era linda. Os olhos dela brilhavam, e os lábios pediam para ser beijados.
Puxou-a para si e rodou o seu corpo sobre o dela, ficando por cima. As pernas dele prendiam-na e, com a mão, ela acariciava-lhe o rosto e os lábios, enquanto ele despia a camisa.
Tinha um corpo firme, musculado mas sem excessos, com alguns pêlos no peito por onde ela já se tinha imaginado a passear com os dedos.
Ele deixou o seu corpo cair em cima dela, e beijou-a lentamente desde a boca até ao ventre. A cada beijo que dava, ouvia um gemido que era de imediato acompanhado com um contorcer do corpo.
O seu sexo pedia urgentemente por liberdade, tal era a força com que se projectava contra as calças. Mas naquele momento precisava apenas de provar o sabor dela.
Agilmente, tirou-lhe a tanga. Um minúsculo triângulo revelava-se no lugar da púbis e, delicadamente, tocou com os dedos naqueles pêlos aparados.
A boca dele salivava, queria tocar com a língua no meio dos lábios que ainda permaneciam escondidos, queria sorver o seu néctar e saciar-se com ele. Queria, finalmente, descobrir se o seu sabor era tão doce como sempre imaginara.

(continua em breve, que hoje não tenho tempo para mais...)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Você decidiu

Quando ela saiu daquele gabinete, debateu-se contra o desejo de voltar a entrar e beijá-lo de uma vez por todas. Vê-lo inseguro e nervoso como estava, tinha despertado nela algo que fazia desejá-lo ainda mais.
Porém, ele tinha a sua família, e ela tinha consciência disso. Sabia também que esse era o único motivo de ele não se ter atirado a ela.
Tranquila, abandonou o edifício e dirigiu-se ao parque de estacionamento.
Estava a entrar dentro do carro quando o telemóvel tocou.
O display exibia orgulhosamente o nome dele, e ela sorriu.
Ana?... Já saiu?

Estava precisamente a entrar no carro para me ir embora.

Peço imensa desculpa, e até compreendo que deva ter planos para a noite, mas será que poderia voltar aqui? É um assunto rápido…

Concerteza Sr. Engº.

Quando ela entrou no gabinete, ele prontificou-se a justificar a chamada inesperada. Um cliente tinha ligado a pedir uma série de documentos para o dia seguinte e, como era ela que estava com esse processo, achou melhor chamá-la.

Vendo o que era necessário fazer, ela despiu o casaco e pousou-o em cima da cadeira, dirigindo-se de seguida à sua secretária, onde foi buscar o processo.
Nos 30 minutos que se seguiram, concentraram-se no trabalho.
Assim que tudo ficou pronto, ela vestiu o casaco e, muito segura de si, disse

Se não deseja mais nada, vou indo.

Ele olhou-a, sério, e não conseguiu deixar de se sentir triste com a crueza daquela frase.

Sim, pode ir… por hoje é tudo.

As palavras saíram-lhe pesadas da boca, porque o que realmente queria dizer, era para ela não ir já.

Queria conversar com ela, conhece-la melhor, tocar-lhe, mergulhar o rosto entre os seus cabelos sedosos e respirar aquele perfume que o desnorteava, até conseguir chegar à sua própria essência.
Queria despi-la peça a peça, desabotoar cada botão daquela blusa que lhe tapava o corpo perfeito, sentir a pele quente a arrepiar-se com o toque da sua mão, apertar-lhe aqueles seios e possui-la ali mesmo, em cima daquela secretária.
Queria saber como era o sabor dela, saber quais os toques que a faziam gemer, ouvi-la delirar e gritar por mais.
Queria-a, acima de tudo.

Até amanha então,
disse ela, voltando costas e tentando controlar a vontade de o olhar nos olhos.

Ana...

Ela parou, sem se voltar

Ele fez uma pausa, como que a pensar no que iria dizer

Ana, repetiu, Olha para mim

Ela voltou-se e ele notou que as suas faces se tinham ruborizado de um momento para o outro. E achou-a linda.

Não conseguiu, porém, articular mais nenhuma palavra. Os desejos dele dançavam que nem loucos à volta da sua cabeça, e tudo o que queria era dizer-lhe. Mas não tinha coragem.

Sentindo-o frágil, ela dirigiu-se a ele e disse, quase como um sussurro

Vou para casa. Dentro de meia hora estarei a tomar um banho, e depois vou preparar alguma coisa para jantar. Sabe onde moro... e a minha chave está aqui.


será que ele vai?...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Você decide



Desde que veio trabalhar para aquela nova empresa, tudo lhe parecia cinzento. O ambiente, as pessoas e até o próprio trabalho, apesar do gosto que lhe tinha.
Ele era a única coisa ali capaz de lhe arrancar um sorriso.
Era um homem inteligente, um pouco mais velho que ela e muito seguro de si. Usava o seu peculiar sentido de humor para quebrar o gelo, e tinha o dom de deixar toda a gente à vontade.

À medida que o tempo passava, ela sentia-se cada vez mais atraída por ele, apesar de as conversas entre ambos nunca terem ultrapassado assuntos de trabalho.
Havia olhares que se cruzavam, sorrisos que se disfarçavam e uma linguagem corporal que indicava que ela não lhe era indiferente, apesar de ele não desarmar.
Sentia vontade de o seduzir.

Ao final de um dia atarefado, ela entra no gabinete dele, desculpando-se com uma dúvida relativa a um processo. Sentado à sua secretária, ele lança-lhe um olhar rápido, e continua o que estava a fazer.
Ela fecha a porta.
Ele olha-a sem dizer nada.

Aproxima-se da sua secretária. Repara na fotografia de uma mulher com duas crianças. Pega na moldura sem pedir licença, sorri e diz
Parecem amorosos
Sim, são..., responde ele com um ligeiro sorriso nos lábios.

Volta a colocá-la do sítio onde a tirou e sorri-lhe. Repara que ele está nervoso, pois a caneta não pára quieta na mão dele. Pensa para si própria que é bom sinal ele sentir-se nervoso ao pé dela.
Gosta disso.

Estou com algumas dúvidas e precisava que me elucidasse.
Ele levanta os olhos e tenta disfarçar o facto de ter demorado um pouco mais com o olhar no decote dela.
Apesar de se vestir de forma sóbria, tal como convinha a uma profissional daquela área, ela tinha um corpo bonito ao ponto de a mais monótona indumentária ser sexy.
Usava sempre sapatos de salto alto, cujo ressoar fazia estremecer até um monge, e permitia o corpo movimentar-se de forma graciosa.
Sim, ele já tinha reparado nisso. Não era cego.
Também já tinha reparado na tonalidade verde dos olhos dela, que mudava consoante a luz, e na covinha que fazia na cara, quando se ria. Tinha reparado no perfume dela, forte, mas feminino, e sabia o quanto aquele aroma o deixava inebriado.

Naquele instante, tomou consciência das coisas que estava a pensar, e desviou bruscamente o olhar dela.

É muito urgente?... É que estou aqui ocupado com uma coisa importante, mentiu ele.
Ela olhou-o e após uma breve pausa, disse Não… Claro que não. Pode esperar até amanhã…

Voltou-lhe costas e dirigiu-se para a porta, um pouco decepcionada, debaixo do olhar atento dele.

Agora, decidam…

a) ela sai e vai embora para casa
b) ele chama-a no momento exacto em que ela está a sair
c) ela sai e volta a entrar passado dois minutos

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Boletim informativo

Estudo revela que usar sapatos com salto fortalece músculos da zona pélvica

Um estudo feito por uma cientista italiana revela que usar sapatos com salto até sete centímetros pode ajudar a relaxar e a fortalecer os músculos da zona pélvica, relacionados com o orgasmo, escreve a BBC Brasil.
Maria Cerruto, urologista da Universidade de Verona, examinou durante dois anos 66 mulheres com menos de 50 anos, e que ainda não estavam na menopausa, para perceber a relação entre as diferentes partes do corpo e a zona da pélvis.
Os testes foram feitos com mulheres em pé e paradas. A investigadora percebeu, ao colocar as mulheres num plano inclinado oscilante, que simulava o uso do sapato de salto alto e variava o grau de inclinação, que surgiam diferentes tipos de reflexo na zona pélvica.
O estudo demonstrou que usar saltos altos pode provocar o relaxamento da musculatura pélvica, levando a uma melhor contracção daquela parte do corpo.
«Da mesma forma que há ligação entre uma alteração da mandíbula e a postura, do ponto de vista urológico uma diferente posição do tornozelo pode influenciar a atitude do pavimento pélvico», explicou Cerruto.
Os músculos desta zona são conhecidos também como os «músculos do prazer» porque estão directamente envolvidos no orgasmo.
«O salto não deve ser superior a sete centímetros, isto é, deve haver uma inclinação da articulação de cerca de dez ou 15 graus, porque é preciso que o paciente esteja confortável. Um salto de cerca de quatro ou cinco centímetros seria o ideal, encontrando um meio-termo entre o bem-estar do pavimento pélvico e o do paciente como um todo», explica Maria Cerruto.
A investigadora, de 34 anos de idade, diz que gosta de usar salto alto. Preocupada com as informações, nem sempre comprovadas, que ligavam o uso de sapatos de salto a males como a esquizofrenia, resolveu procurar algo de positivo no uso do acessório.

in "Portugal diário"

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Perversão sexual

Resultante de um comentário num post anterior, sinto-me na necessidade (ou obrigação, imposta pela minha querida Bad) de explanar aqui aquilo que considero ser perversão sexual.

Longe de mim achar que sou entendida na matéria, porque não sou. Mas creio que tenho noção daquilo que acho tolerável, do ponto de vista de relacionamento sexual.
Pedofilia, para mim, é crime. Está no topo daquilo que considero perversão sexual, do mesmo modo que puno qualquer tipo de relação sexual não consentida.
Incesto, Zoofilia e Necrofilia são, para mim, igualmente abomináveis.

Fiz uma breve pesquisa em busca de termos que pudesse incluir nesta lista, e encontrei
outros cujas práticas que me fazem confusão, como por exemplo:

Coprofilia, Apotemnofilia e Urofilia.
Estes são, se calhar, os mais comuns, mas tenho a certeza que por este mundo fora existem práticas muito mais coisas hediondas, coisas que se calhar o mais comum dos mortais nem imagina.

Perversão sexual? Sim, mas de forma saudável.
Acima de tudo, feito com o devido respeito pelo ser humano.

Porque...

...há quem diga frases perfeitas...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnaval



é samba

é loucura

é tesão

mas para mim, só no Brasil!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A pessoa certa


Pensando bem, em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa,

não existe uma pessoa certa para cada um de nós.

Existe uma pessoa que, se pararmos para pensar é, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa errada faz tudo muito certinho.

Chega à hora certa, diz as coisas certas, faz as coisas certas...

Mas nem sempre nós precisamos das coisas certas.

E é essa a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada faz-nos perder a cabeça, fazer loucuras,

perder a hora, morrer de amor...

A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar,

que é para, na hora do reencontro a entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada é, na verdade, aquilo que chamamos de pessoa certa.

Ela vai-te fazer chorar, mas logo depois vais estar a limpar as tuas lágrimas.

Vai tirar-nos o sono, mas vai dar-te em troca uma noite de amor inesquecível.

Essa pessoa talvez te magoe, mas depois pede perdão e enche-te de mimos.

A pessoa errada pode não estar 100% do tempo a nosso lado, mas está 100% do tempo em nós.

E a pessoa errada tem de surgir para todos, porque a vida não é certa, nada aqui é certo...

O que é certo mesmo é que temos de viver cada momento sorrindo, amando, chorando, pensando,

agindo, tentando e conseguindo.

E só assim é possivel chegar àquele momento do dia em que dizemos:

- Afinal deu tudo certo.

Na verdade o Universo quer é que todos
encontremos a pessoa errada...



Luis H. Veríssimo